Para o GBP/USD, a estrutura de ondas segue indicando a formação de uma sequência impulsiva de alta. O padrão observado é praticamente idêntico ao do EUR/USD, já que o principal fator segue sendo a fraqueza do dólar norte-americano. A demanda pela moeda vem caindo de forma generalizada no mercado no médio prazo, o que explica por que diversos pares apresentam dinâmicas semelhantes. No momento, tudo indica que a onda 4 foi concluída, abrindo espaço para a continuidade da alta dentro da onda impulsiva 5. Embora houvesse a possibilidade de a onda 4 se alongar em uma estrutura de cinco ondas, esse não parece ser o cenário mais provável.

Esse movimento não pode ser analisado de forma isolada. Grande parte do comportamento do dólar depende hoje das políticas de Donald Trump — e não apenas no campo do comércio internacional. O mercado cambial precisa precificar, de forma quase contínua, a incerteza gerada por declarações contraditórias, decisões políticas inesperadas e pela postura abertamente protecionista da Casa Branca. As tensões globais seguem em alta, e o dólar permanece como o principal alvo desse contexto, o que reforça a pressão vendedora sobre ele.

Na prática, o GBP/USD ganhou algumas dezenas de pontos-base na quinta-feira, logo no início da sessão americana, e começa a dar sinais de inclinação positiva também no longo prazo. O gráfico deixa claro que, apesar de todo o debate sobre sua fraqueza, o dólar mostrou relativa estabilidade ao longo do verão. A onda 3 de 3 terminou em meados de junho em 1,3630, e desde então o preço oscilou dentro de uma faixa ampla entre 1,3150 e 1,3630. Esse intervalo serviu como palco para a conclusão da onda 3, a formação completa da onda 4 e o início da onda 5, sempre em uma perspectiva global. Se a contagem atual estiver correta e o pano de fundo das notícias não sofrer uma reviravolta, o dólar pode estar apenas no começo de uma nova fase de queda mais prolongada.

A suposta onda 5 acabou de se iniciar e dificilmente será mais curta do que as ondas 1 ou 3. O ambiente fundamental segue desfavorável: praticamente todos os dias surgem novos fatores de pressão sobre o dólar. No Federal Reserve, Jerome Powell e sua equipe resistem, mas é improvável que consigam sustentar indefinidamente sua autonomia frente às investidas políticas de Trump. O episódio recente envolvendo Lisa Cook mostrou que nem todos estão dispostos a ceder a pressões, mas abre precedentes que podem enfraquecer o FOMC. Nesse ambiente, a demanda pelo dólar tende a seguir em queda.

Por fim, é importante destacar que, até agora, diferentes métodos de análise — técnica, fundamental e de ondas — convergem para o mesmo cenário. Na ausência de contradições relevantes, não há necessidade de projetar um cenário alternativo. O viés, portanto, permanece de alta para o GBP/USD no médio e longo prazo, sustentado pela fragilidade do dólar.

Conclusões gerais

O padrão de ondas do GBP/USD permanece inalterado, e o mercado está em uma fase de tendência de alta e impulsiva. Sob Donald Trump, os mercados ainda podem esperar inúmeros choques e reversões que podem afetar significativamente a estrutura de ondas, mas, por enquanto, o cenário-base permanece intacto.

Os alvos para a fase de alta da tendência estão agora em torno de 1,4017. Nesta etapa, presumo que a onda 4 esteja concluída. A onda 2 dentro da 5 também pode estar completa. Portanto, recomendo compras com alvo em 1,4017.

Princípios fundamentais da minha análise:

1. As estruturas das ondas devem ser simples e claras. Estruturas complexas são difíceis de negociar e muitas vezes levam a mudanças.
2. Se não houver confiança na situação do mercado, é melhor não entrar.
3. Nunca existe certeza absoluta quanto à direção do mercado. Use sempre ordens de Stop Loss de proteção.
4. A análise de ondas pode ser combinada com outros tipos de análise e estratégias de negociação.