No último pregão da semana, o par GBP/USD interrompe a correção observada ontem na região de 1,3440, mas ainda encontra dificuldade para atrair um fluxo comprador mais consistente.

A libra encontra suporte nas medidas recentemente adotadas pelo Banco da Inglaterra, que elevaram as expectativas em relação à condução futura da política monetária. Apesar da votação apertada (5–4), o corte de 25 pontos-base, que levou a taxa a 3,75%, foi interpretado pelo mercado como um sinal dovish, especialmente após a desaceleração inesperada da inflação divulgada no início da semana. Esse conjunto de fatores reduz a pressão sobre as expectativas de política no Reino Unido e sustenta uma reação positiva dos investidores.

Em paralelo, dados dos Estados Unidos abaixo do esperado também deram suporte ao GBP/USD. O Bureau of Labor Statistics apontou uma desaceleração no ritmo de alta dos preços: o índice cheio avançou 2,7% na comparação anual, abaixo dos 3,1% projetados. A inflação core, que exclui itens voláteis, também surpreendeu para baixo, ao ficar em 2,6%. Essas leituras reforçam as expectativas de novos cortes de juros pelo Federal Reserve no próximo ano.

Como resultado, a inclinação mais dovish em relação ao Fed mantém os compradores de dólar na defensiva, ajudando o par a se sustentar acima da média móvel simples (SMA) de 200 dias, o que reforça a probabilidade de continuidade do movimento de alta.

Do ponto de vista técnico, enquanto os preços permanecerem acima das SMAs de 100 e 200 dias, e os osciladores no gráfico diário seguirem em território positivo, ainda longe da sobrecompra, o viés permanece construtivo. Para um avanço adicional, será necessário romper com firmeza o nível psicológico de 1,3400, abrindo espaço para testar a resistência relevante na faixa de 1,3440–1,3450. O suporte imediato está na SMA de 100 dias, próxima de 1,3361; uma quebra desse patamar — especialmente se acompanhada de perda da SMA de 200 dias — pode acelerar um movimento de queda em direção ao nível redondo de 1,3300.