Californio-252

O Califórnio-252 lidera em valor e é um dos isótopos do metal industrial califórnio. Esse feito está registrado no Livro dos Recordes Guinness. Seu preço impressionante chega a US$ 10 milhões por grama. As reservas globais de Califórnio-252 somam apenas 8 gramas, com uma produção anual limitada a 30–40 microgramas. Trata-se de um metal extremamente raro, produzido por meio de processos laboratoriais complexos e demorados, pois não ocorre naturalmente. Foi obtido pela primeira vez nos Estados Unidos em 1950. Seu grande valor se deve à enorme energia que libera, comparável à de um reator nuclear de médio porte. O Califórnio-252 é utilizado em física nuclear e medicina, especialmente na radioterapia para tratamento do câncer. Além disso, é empregado para identificar depósitos de ouro e prata, bem como para detectar falhas em reatores e aeronaves.

Ósmio-187

O segundo metal mais caro é o Ósmio-187, formado a partir da decadência do isótopo rênio, que possui meia-vida extremamente longa. A proporção entre os isótopos de ósmio e rênio é utilizada para determinar a idade de rochas e meteoritos. Existem muitos isótopos de ósmio, o que torna sua separação altamente complexa; alguns deles são particularmente caros. O mais raro é o Ósmio-187, cuja extração é extremamente complicada, levando cerca de nove meses. Ele é obtido na forma de um pó cristalino fino, de cor negra com leve tonalidade violeta. Considerado o metal mais denso da Terra, também é bastante frágil. Tem grande importância científica e tecnológica, sendo utilizado como catalisador em reações químicas, na produção de instrumentos de medição de precisão e em aplicações médicas.

Ródio

O ródio, um metal único, foi descoberto na Inglaterra em 1803 durante pesquisas com platina. Seu nome deriva da palavra grega para “rosa”, em referência à cor avermelhada de seus compostos típicos. Este metal é duro e nobre, com fortes propriedades reflexivas e elevada resistência à oxidação e à corrosão. A produção global anual é de apenas cerca de 30 toneladas. O ródio é empregado na fabricação de espelhos e faróis, nas indústrias automotiva e química, e na joalheria para criar revestimentos duráveis e resistentes à corrosão. Esse tipo de revestimento também é comum em bijuterias de alta qualidade. Nos Estados Unidos, são emitidas moedas de ródio como instrumentos de investimento, enquanto em Ruanda elas têm status de moeda oficial. Os maiores depósitos de ródio estão na Rússia, Canadá e África do Sul.

Paládio

Outro metal valioso é o paládio, nomeado em homenagem ao asteroide Palas. Ele foi identificado pela primeira vez em 1803, durante o estudo de minérios de platina. O paládio é um metal leve, maleável, branco-prateado e pertencente ao grupo da platina. Possui baixo ponto de fusão, fácil polimento e alta resistência à corrosão. Graças à sua flexibilidade excepcional, o paládio é amplamente utilizado em joalheria, permitindo a criação de designs complexos e detalhados. Além disso, encontra aplicação nas indústrias química, médica e eletrônica. Nos últimos anos, o preço do paládio aumentou de forma acentuada, situando-se atualmente em torno de US$ 60 por grama.

Ouro

O ouro, considerado o metal precioso mais famoso, vem sendo extraído desde os tempos antigos. Ele é amplamente utilizado em joalheria e como ativo de investimento. Diferente de muitos outros metais, o ouro é encontrado quase sempre em sua forma pura. Trata-se de um metal denso, pesado, de coloração amarela, macio e altamente maleável. O setor de joalheria continua sendo o principal consumidor de ouro; no entanto, as peças não são feitas de ouro puro, mas de ligas com outros metais, que aumentam sua resistência e durabilidade. As reservas globais de ouro estão distribuídas da seguinte forma: cerca de 10% em aplicações industriais, enquanto o restante se divide entre reservas de bancos centrais (barras padrão), posse privada (barras) e joias.

Irídio

O irídio foi descoberto em 1803 pelo químico britânico Smithson Tennant, que o identificou juntamente com o ósmio. Trata-se de um metal do grupo da platina — pesado, duro e quebradiço, com tonalidade branco-prateada. Destaca-se por sua excepcional resistência à corrosão, mesmo em temperaturas de até 2.000 °C. Esse elemento não ocorre naturalmente em sua forma pura, e altas concentrações em amostras de rocha geralmente indicam origem extraterrestre ou meteórica. Embora raramente seja utilizado isoladamente, desempenha papel importante na produção de ligas metálicas. Na joalheria, por exemplo, é adicionado à platina, resultando em peças extremamente duras e duráveis. O irídio também encontra aplicação em instrumentos cirúrgicos, contatos elétricos, balanças de precisão, tecnologia aeroespacial, biomedicina, odontologia e engenharia química.

Platinum

A platina, conhecida desde os tempos pré-colombianos, completa a lista dos sete primeiros. As antigas civilizações sul-americanas já a extraíam e utilizavam, e os primeiros europeus a encontrá-la, em meados do século XVI, foram os conquistadores espanhóis. O nome “platina” significa “pequena prata”, em referência à sua cor e ao seu elevado ponto de fusão. Na Rússia, a platina foi identificada pela primeira vez em 1819, nos Montes Urais, perto de Yekaterinburg. Poucos anos depois, em 1824, foram descobertos depósitos aluviais na região de Nizhny Tagil. As reservas eram tão abundantes que a Rússia se tornou, por muitos anos, a maior produtora mundial de platina, até ceder a liderança para a África do Sul. Na natureza, a platina ocorre apenas em ligas com outros metais e é altamente maleável. Hoje, é amplamente utilizada em joalheria, armamentos e medicina. Há alguns anos, chegou a ser mais cara do que o ouro, mas atualmente seu preço gira em torno de US$ 28 a US$ 30 por grama.